Assim como existe a psicanálise de Freud, a terapia centrada no cliente de Rogers, ou a psicologia analítica de Jung, temos a logoterapia criada pelo psiquiatra vienense Dr. Viktor E. Frankl.
O trabalho da logoterapia consiste basicamente em ajudar as pessoas a encontrarem o sentido de suas vidas.
Existem dois tipos de pessoas: as que dizem sim à vida, a despeito de suas viscitudes, e as que dizem não à vida, a despeito das boas coisas que lhe acontecem. As que dizem sim geralmente senten-se satisfeitas e felizes, enquanto as que dizem não geralmente senten-se alienadas, frustradas e vazias.
É importante perceber que podemos mudar de uma atitude negativa para uma positiva.
Se formos do tipo de pessoas que dizem não à vida, seja através de atitudes, ou comportamentos inadequados, isso não significa que estejamos condenados a permanecermos assim.
A MUDANÇA É POSSÍVEL
O Dr. Frankl acreditava que para encarar a vida de maneira positiva é preciso ter consciência de que a vida tem sentido em quaisquer circustâncias, e que temos a capacidade de encontrar esse sentido em nossas vidas.
Podemos nos erguer das dificuldades, das enfermidades, do vício, da tristeza, do vazio e dos golpes do destino, se pudermos ver sentido em nossa existência.
Frankl denomina seu sistema de "Logoterapia", ou seja, a saúde através do sentido.
A logoterapia ajuda as pessoas a dizerem sim à vida, quer seu sofrimento provenha de desajustamentos em suas relações humanas, problemas com o trabalho, doença, quer pela morte de um ente querido, quer por dificuldades auto-impostas como a hipocondria ou dependência de álcool e drogas.
Não é o homem que dá sentido à sua vida, mas sim é a vida quem a todo o momento nos cobra seu sentido.
Estamos buscando sentido em nossas vidas?
Como encontrá-lo?
Onde encontrá-lo?
A logoterapia ajuda, praticamente, através de seus métodos e teoria, a responder essas perguntas de ordem existencial. Afirma que somos indivíduos únicos, que atravessamos a vida numa série de situações únicas e que cada momento oferece um sentido para preencher - a oportunidade para agir significativamente.
Isto pode ser conseguido através do que fazemos, do que sentimos, e também através das atitudes que assumimos diante dos acontecimentos, mesmo os caóticos.
O sentido da vida consiste em realizar valores
E para realizá-los é preciso conhecê-los.
Alguns filósofos existencialistas como "Sartre", entre outros, defendem que a vida não tem sentido, mas que os seres humanos precisam conduzir suas vidas de modo significativo. Portanto, nessa visão, seríamos nós quem daríamos à nossa vida o sentido que escolhessemos.
A logoterapia afirma que o sentido da vida existe, de forma incondicional, e o que nós devemos fazer é descobrí-lo.
Se déssemos nós mesmos o sentido, tomando decisões, diz Frankl, a vida seria um borrão inexpressivo, como as figuras do teste de Rorschach, nas quais projetaríamos qualquer sentido que quiséssemos.
A logoterapia vê a vida como um quebra-cabeças com uma figura escondida - semelhante ao desenho de linhas confusas formando àrvores, núvens, flores, casas, com uma legenda que diz: "encontre a bicicleta neste desenho". Temos, então, que virar o desenho em várias direções até descobrir a bicicleta oculta na miscelânea de traços.
Da mesma maneira, devemos virar nossa vida em todas as direções até encontrar o sentido.
Este sentido não nos pode ser dado pela sociedade ou por nossos pais. O psiquiatra não pode prescrevê-lo como se fosse uma pílula. Ele pode descrever respostas significativas à nossa situação, mas compete-nos descobrir o que nos é significativo.